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Encarecidamente: Alexandre Rodrigues Filho, Gabriel Lopes Ribeiro e Marcelo Adorni.







quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Armas da Itália na Segunda Guerra Mundial

Canhão 75/32 Modello 37:


  Desenhado pela Ansaldo, esta peça era moderna e eficiente para o período, projetada desde o início para tração motorizada, nas “Divisões Celeres”. Contudo, sofria de um problema, que era a pretensão de seu uso em dupla função: canhão de campanha e como peça anti-tanque, para o que não era totalmente adequado. Apesar de suas boas qualidades, foi introduzido muito tarde e teve uma produção pequena, de forma que as unidades italianas tiveram que fazer a guerra toda usando peças datando da 1ª Guerra. O tubo foi usado em um canhão autopropulsado, o Semovente da 75/32 Su Scafo M41


Especificações:


Calibre: 75 mm L32 (na verdade 36,6)
Comprimento do tubo: 2,574 m
Peso: 1.200 kg (em bateria), 1.250 kg (em ordem de marcha).
Elevação: -10º a +45º
Conteira: 50º
Peso da granada: 6,3 kg
Velocidade inicial: 624 m/s
Penetração de blindagem: 86 mm a 100 metros
Alcance: 12.500 m








Canhão AAe 37/54:

  Peça de defesa aproximada dos navios da Marinha Italiana, equipou a maior parte das unidades construídas ou reformadas após 1932. Havia três modelos básicos, o 1932 (com canos refrigerados a água) e os 1938 e 1939, refrigerados a ar, o último em reparo com um ó tubo. Tinha uma série de características interessantes e uma boa performance na categoria, transformando-a em uma arma bem sucedida.


Especificações:


M odelo: Mitragliera da 37/54 Modello 39
Comprimento do tubo: 2 m
Peso: 277 kg (tubo)
Conteira: 360o
Elevação: n.d.
Cadência de tiro: regulável, 60, 90 ou 120 tiros por minuto.
Granada: 1,63 kg
Velocidade inicial: 800 m/s
Alcance: 7.800 m (horizontal, máximo), c. 4.000 m. (horizontal, efetivo). 5.000 m (teto máximo)






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Canhão AAe Ansaldo-Oto-Galileo 75/46



  Um desenho não muito eficiente, sendo um calibre muito leve para arma antiaérea pesada, ainda assim foi a principal arma deste tipo em uso pelos italianos durante a Guerra, tendo servido de base para o armamento do Semovente M43 (canhão de assalto), feito pelos alemães usando canhões tomados. Contudo, nessa função teve um desempenho muito ruim, por falta de munição anti-tanque adequada.


Especificações:


Modelo: Can 75/46 modelo 1934 Ansaldo-Oto-Galileo
Calibre: 75 mm L/46
Comprimento do cano: 3,45 m
Número de raias: 24 para a direita
Elevação: -2o +90o
Conteira: 360 graus
Peso: 4.405 kg (em transporte), 3.300 kg (em posição), 605 kg (tubo).
Projétil: cartucho granada mod. 34 (com espoleta mecânica de relojoaria) ou perfurante (115 mm de penetração).
Peso do projétil: 6,5 kg
Velocidade inicial: 800 m/s
Alcance: 13.000 m (horizontal), 8.500 m (teto - máximo), 5.000 (teto-útil)
Cadência de fogo: 20 a 25 tiros por minuto (máximo).






Canhão AAe Autocanone 75/27:

  Peça oriunda da adaptação do canhão de campanha padrão italiano na Primeira Guerra, o modelo 1911 (cópia de um Krupp alemão) em um caminhão de cinco toneladas “Itália 10”, substituído em 1927 por caminhões Ceirano 50 C.M.A. Usadas na Espanha, em 1937, eram empregados não apenas como peças antiaéreas, mas também como equipamentos das Colunas Celere, criadas para explorar rupturas, sendo uma das primeiras peças de artilharia autopropulsada disponíveis para isso. O seu desempenho e falta de proteção, contudo, não eram mais adequados à 2a Guerra Mundial, quando ainda estavam em uso, inclusive como peças capturadas pelos alemães. 166 fabricados.


Especificações:


Modelo: Can 75/27 C.K. Mod. 1915 ou Autocannone Ceirano 50 CM da 75/27 CK Contraaero
Calibre: 75 mm L/27
Comprimento: 2,195 m (tubo)
Número de raias: 28 para esquerda
Elevação: -10 a +70 graus
Conteira: 360 graus
Peso: 1.030 kg (o canhão) 5.000 kg (veículo, máximo)
Peso do projétil: 6,1 kg
Velocidade inicial: 510 m/s
Alcance: 6.100 m (horizontal), 2.000 (teto-útil)
Veículo: Ceirano 50 CM
Autonomia: n.d.
Motor: gasolina, 4 cilindros em linhas, 4 marchas a vante e uma a ré, 4.712 cm3
Velocidade máxima: 25 km/h
Tripulação: 2 (caminhão), 4 (canhão).














Canhão AAe Breda 20/65:

  Projetada por Breda em 1935, essa peça, apesar de ser chamada de metralhadora, era um canhão, por disparar projéteis explosivos. Foi originalmente projetada para duplo emprego, antiaéreo e antitanque, sendo que os espanhóis chegaram a montar algumas em tanques Panzer I, para lhes dar alguma capacidade contra os T-26B soviéticos. Contudo, a sua real fama foi como arma antiaérea, sendo considerada uma das melhores do mundo na categoria, sendo empregada também pela Marinha Italiana. O Brasil adquiriu os direitos de produção, mas não chegou a fabricá-la.


Especificações:


Modelo: Mitragliera da 20/65 Breda su affusto singolo a libero puntamento
Calibre: 20 mm L65
Comprimento: 2,031 m (total) e 1,3 m (tubo)
Número de Raias: 8 para a direita
Elevação: De -10° a +80°
Conteira: 360°
Peso do Canhão: 330 Kg (peça em bateria) e 68,5 Kg (tubo)
Peso do Projétil: 0,134 Kg
Projéteis: Traçante (explosivo, explosivo ultrasensível e explosivo de auto-destruição) e perfurante explosivo modelo 140
Carga do Projétil: 38 gramas de balistita
Carregador: 12 projéteis
Cadência de fogo: 220 tiros/min. (teórica), 150 tiros/min. (prática)
Velocidade Inicial: 850 m/s
Alcance: 5.500 m (máximo horizontal) e 2.500 (útil)













Canhão AAe Cannone da 75/46 C.A. modello 34:

Desenho da década de 1930, era baseado em um projeto Vickers, sendo razoável mas sem maiores inovações. Teve um problema sério no início de sua carreira, com a erosão da alma por causa de velocidade excessiva do projétil, que teve que ser reduzida. Além disso, seu calibre era reduzido demais para lidar com os bombardeiros pesados americanos, de forma que foi rapidamente substituído pelo canhão de 90/53, os poucos canhões existentes tendo sido relegados a defesa de posições fixas ou de costa. Um razoável número deles passou aos alemães, com o nome de 7,5 cm Flak 264/3(i).


Especificações:


Calibre: 75 mm L46
Comprimento: 7,4 m (total), 3,45 m (tubo)
Largura: 1,85 m
Altura: 2,15 m
Peso: 3.300 kg (em bateria), 4.405 kg (em ordem de marcha).
Elevação: -2° a +90°
Conteira: 360°
Peso da granada: 6,5 kg
Penetração de blindagem: 90 mm a 500 m, ângulo de 90º
Cadência de tiro: 15 tiros por minuto
Velocidade inicial: 850 m/s, depois reduzida para 750 m/s
Alcance: 8.300 m (vertical), 10.000 m (horizontal).









Canhão AAe O.T.O. 100/47 M928:

  Cópia de uma peça Skoda modelo 1910, adquirido em grandes números pela Itália como reparação de guerra, tinha o tubo alma que podia ser trocado a frio, uma grande vantagem para peças que sofrem grande desgaste. Dispunha de um sistema de movimento de munhões que permitia a peça ser carregada em qualquer posição de tiro (contra-navios ou aviões), mas isto resultou em um problema, pois impedia que o canhão acompanhasse o vôo rasante de um alvo. Já estava obsoleta no final da década de trinta, mas foi a principal peça de duplo emprego da marinha italiana, armando desde submarinos até couraçados. Alguns foram empregados em defesas fixas, em terra, como na Guerra Civil Espanhola.


Especificações:


Modelo: Can 100/47 modelo 1928 O.T.O. (Odero-Terni-Orlando)
Calibre: 100 mm L47
Comprimento do Tubo: 4,79 m
Número de Raias: 26
Elevação: -5o a +80 graus
Conteira: 360 graus
Peso do Canhão: 2.020 Kg
Peso do Projétil: 13,75 kg
Velocidade Inicial: 850 m/s
Alcance máximo: 15.240 m (horizontal) e 9.400 m (teto)
Cadência de Fogo: 8 a 10 tiros por minuto








Canhão Autoprop. Semovente da 75/18 su Scafo M40:


  Sobre um chassis do tanque M13/40 ou M14/41 (em versões posteriores), este canhão autopropulsado viu ação pela primeira vez no norte africano, equipando unidades de artilharia. Com a rendição italiana, os alemães passaram a utilizá-lo com a designação Stug M40(i).



Especificações:

Peso: 13,1 ton.
Guarnição: 2 homens (comandante, motorista, municiador)
Motor: Fiat SPA M13(8T)
Velocidade: 32 Km/h (estrada) e 15 Km/h (off-road)
Alcance: 200 Km (estrada)
Comprimento: 4,92 m
Largura: 2,2 m
Altura: 1,85 m
Armamento Principal: Canhão M34 de 75 mm/L18
Armamento Secundário: Metralhadora Breda M38 de 8 mm
Munição: 44 projéteis de 75 mm e 1.104 de 8 mm
Blindagem do Casco: 25 mm (frente, lado e ré), 11-15 mm (teto e piso)
Blindagem da Superestrutura: 25 mm (frente, lado e ré) e 9 mm (teto)










Canhão Autoprop. Semovente M.41M da 90/53:

  Veículo feito aproveitando o chassis do tanque M14/41 com a instalação de um canhão de 90 mm antiaéreo. Essa arma era muito longa, de forma que o veículo não tinha praticamente proteção, pois era para ser usado em longos alcances contra blindados inimigos, valendo-se da excelente performance do canhão. O tamanho da peça também impedia o transporte de munição, que era feito em um tanque L6 modificado, que o acompanhava. Devido a ter sido introduzido relativamente tarde na guerra (1941) apenas 48 exemplares foram construídos até o armistício em 1943.


Especificações:


Comprimento: 5,2 m
Largura: 2,2 m
Altura: 2,15 m
Peso: 17.000 kg
Motor: SPA 15-TM-41 a gasolina, 8 cilindros, 145 hp
Velocidade: 35,5 km/h (máxima em estrada)
Autonomia: 200 km (estrada)
Blindagem: 30 mm (casco, frente), 25 mm (casco, lateral), 41 mm (escudo).
Armamento: um canhão Ansaldo 90 mm L/53 modelo 1939
Conteira: 40º para cada lado
Elevação: -5º +24º
Velocidade inicial: 830 m/s
Peso da granada: 10,33 kg
Tripulação: 2 (operavam o canhão de pé, fora do veículo)














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Canhão de montanha Cannone da 65/17:


  Basicamente igual a uma peça projetada pela fábrica Schneider francesa, o Cannone da 65/17 foi introduzido na Itália em 1913, para tropas de montanha. Podia ser desmontado em seis pacotes, que podiam ser portados por mulas ou nas costas de soldados. Foi o esteio da artilharia italiana nas campanhas nos Alpes durante toda a 1ª Guerra e, apesar de ter sido substituído nessa função em 1920, ainda foi usado na 2ª Guerra, como peça de acompanhamento de infantaria, devido à seu pequeno peso.


Especificações:


Calibre: 65 mm L/17
Comprimento do tubo: 1,15 m
Peso: 556 kg (em ação, com escudo), 460 kg (em ação, sem escudo)
Conteira: 8º para ambos os lados
Elevação: -7º a +20º
Granadas: Shrapnel (4,3 kg)
Cadência de fogo: 8 tiros por minuto
Alcance: 6.800 m
Velocidade inicial: 345 m/s















Canhão de sítio 149/35 modelo 1910:

  Peça projetada por Armstrong em 1895, foi fabricada na Itália a partir de 1910, sendo, já naquela época, incrivelmente obsoleta, por não ter mecanismos de recuo (usava-se uma rampa para diminuir o efeito do recuo e fazer o canhão voltar a bateria). Mesmo assim, devido ao seu longo alcance, teve uma longa vida útil: em 1940, ainda havia 895 deles em serviço no exército italiano. De movimentação lenta (6 a 8 km/h e duas horas para entrar em bateria), só podia ser usado em posições preparadas, o que diminuiu em muito sua utilidade na fluída situação da guerra mecanizada.


Especificações:


Calibre: 149,1 mm L 35
Comprimento: 6,985 m
Comprimento do cano: 5,64 m
Largura: 1,48 m (com sapatas auxiliares de apoio, 1,868 m)
Altura: 2,31 m
Peso: 3.700 kg
Elevação: -10 +35o
Conteira: 0o
Projétil: diversos tipos de granada, de 37,930 kg até 47,760 kg
Velocidade inicial: 700 m/s (no modelo inglês original era de 651 m/s)
Alcance: de 11.100 m até 17,850 m
Cadência de fogo: um disparo a cada sete minuros













Fuzil Carcano 1891:

  O Carcano era a arma de pólvora sem fumaça do Exército Italiano, usando um ferrolho Mauser e um sistema de alimentação baseado nos desenhos de Mannlicher. Originalmente seguia o princípio da arma de pequeno calibre (6,5 mm), adotado também pela Suécia e Japão. Arma simples, leve e barata, já estava obsoleta no final da Grande Guerra, mas continuou em uso. Pouco antes da 2ª Guerra, uma variante foi feita (modelo 1938), com calibre 7,35 mm, mas essa nunca substituiu as armas antigas. Foram feitos fuzis e carabinas de cavalaria, sendo que estas últimas normalmente tinham uma baioneta rebatível presa ao cano.


Especificações:


Modelo: Fuzil 1891
Calibre: 6,5 x 52 mm
Comprimento: 128 cm
Comprimento do cano: 78 cm
Peso: 3,75 kg
Carregador: descartável, de seis cartuchos. A arma não podia ser alimentada tiro a tiro















Granada OTO modello 35:


  Uma das três granadas conhecidas como modelo 35 do exército italiano, a OTO ficou famosa nas mãos dos ingleses com o apelido de diabo vermelho, por ser pintada de vermelho e ser extremamente perigosa – para seu usuário. As vezes deixava de explodir ao impacto, mas podia detonar se fosse tocada. Apesar de ser classificada com granada ofensiva, continha uma massa de grãos de chumbo, o que lhe dava uma certa funcionalidade como granada defensiva, mesmo considerando que a leveza desses grãos os tornarem inócuos em distâncias curtas. Entretanto, a posição dos grãos, na cabeça da granada, tornava a dispersão dos fragmentos irregular. Por tudo isso, pode ser considerada como uma granada de desenho inferior.


Especificações:


Modelo: Bomba a mano Modello 35 (OTO)
Tipo: Ofensivo
Comprimento: 8,7 cm
Diâmtro: 5,4 cm
Peso: 210 gramas
Carga explosiva: 71 gramas de TNT
Área de ação: cerca de 20 metros (máximo), 5 metros (efetivo)
Espoleta: de impacto, por detonação em qualquer posição
Alcance: cerca 25 metros (lançamento manual)







Metralhadora Breda-SAFAT Modelo 1930:

  Aperfeiçoamento do modelo 1924, para uma arma automática leve de infantaria, seu desenhista escolheu utilizar um carregador fixo, sendo este alimentado por alimentadores especiais de 20 cartuchos ou, na falta desses, pelos clipes dos soldados de infantaria. Esse processo era lento e o carregador fixo, delicado. Além disso, tinha problemas de extração e os cartuchos tinham que ser oleados antes do disparo - um grande inconveniente no deserto. Apesar de não ser um desenho ideal, funcionava bem.


Especificações:


Tipo: Metralhadora Leve
Calibre: 6,5 mm M95
Peso: 10,2 Kg
Comprimento: 123 cm
Comprimento do Cano: 52 cm
Alcance Efetivo: 1.000 m
Sistema de Funcionamento: Blowback, refrigerada a ar
Alimentação: Carregador fixo para 20 cartuchos, com alimentador especial
Cadência de Fogo: 450 tiros/min.
Velocidade de Boca: 610 m/s











Metralhadora Fiat-Revelli M1914:

  Arma com algumas características exóticas, como um sistema de refrigeração em que a água fervente era resfriada e depois levada de novo a manga em torno do cano e o sistema de carregamento, que era alimentado por carregadores de cinco tiros de fuzis de infantaria. A alimentação era problemática, havendo um sistema de lubrificação automática dos cartuchos antes destes irem para a câmara. Apesar desse desenho complicado, era mais leve que as metralhadoras similares e funcionava bem, o seu maior problema sendo o cartucho fraco, que levou à sua substituição parcial em 1937 por uma arma de desenho quase idêntico, mas refrigerada a ar e com um cartucho mais forte.


Especificações:


Calibre: 6,5 x 52 mm Carcano
Comprimento: 118 cm (total da arma sem reparo), 65,4 cm (cano)
Peso: 35 kg (total), 16,65 kg (arma)
Raiamento: 4 raias para a direita
Alimentação: carregadores de fuzil, receptáculo para 10 carregadores.
Cadência de tiro: 400 tiros por minuto
Velocidade inicial: 640 m/s
Alcance de uso: 1.500 m





















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