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sábado, 27 de agosto de 2011

Armas da França durante a Segunda Guerra

Canhão 155 modelo 1917 GPF:


  Canhão desenhado pelos franceses, tem a característica de ter sido a primeira peça pesada a usar reparo biflecha, sendo então uma das melhores peças de artilharia no mundo. Cerca de 700 foram produzidos pelos franceses, sendo também comprada pelos Americanos e pelos poloneses, todos os três ainda os usando na 2ª Guerra Mundial (havia ainda 450 delas em serviço na França, em 1940). As peças capturadas pelos alemães foram usadas na defesa costeira até o fim da guerra, apesar de, neste período, a arma já ter sido superada por outros desenhos melhores.


Especificações:


Modelo: Canon de 155 mm Modele 1917 GPF (Grand Puissance, Filloux)
Calibre: 155 mm L/38
Comprimento: 5,92 cm (tubo), 8,7 m (total, em ordem de marcha)
Peso: 3.870 kg (tubo), 13.546 kg (total)
Elevação: +0º a +35º
Conteira: 30º para cada lado
Alcance: 16.200 m
Velocidade inicial: 735 m/s
Peso do projétil: 43,2 kg (carga de arrebentação de 4,3 kg)










Canhão 155 modelo 1917 Schneider:


  Apesar de não ser um obuseiro, esta peça de artilharia já se beneficiava da experiência da guerra de trincheiras, podendo fazer disparos em ângulos mais elevados que as peças anteriores. Teve grande sucesso, sendo adotada não só pelo exército francês, mas também por muitos outros, inclusive o brasileiro e o americano, país que também as fabricou sob licença. Apesar de já estar obsoleto, muitas peças ainda estavam em serviço na 2ª Guerra, tendo sido empregadas pelo Exército Inglês no Extremo Oriente e no Deserto, assim como por tropas soviéticas e alemães (peças capturadas).


Especificações:


Calibre: 155 mm L/13,64
Comprimento: 10,05 m (total), 233,2 m (tubo)
Peso: 3.715 kg (total), 3.300 kg (pronto para disparo)
Mecanismo: de culatra parafuso interrompido Schneider
Raiamento: 48 raias passo uniforme, a direita, uma volta em 25,5 calibres
Elevação: de 0 a +42º 20
Conteira: 3º para cada lado
Alcance máximo: 11.340 metros
Granada: M102 (padrão, alto-explosivo), peso 43,23 kg, com 6,86 kg de TNT
Velocidade de boca: 450 m/s
Tripulação: 8 (mais serventes e condutores).














Canhão 37 Modelo 1916 Puteaux:

  Peça que introduziu um conceito revolucionário na 1ª Guerra, de um canhão leve e pequeno, que pudesse ser usado pelos infantes, acompanhando-os em seus avanços para lidar com casamatas, ninhos de metralhadoras, etc. Apesar desta peça não ser plenamente adequada à função, devido ao seu peso elevado, curto alcance e granada fraca, foi empregada por diversos países, entre eles o Brasil e os EUA, até a 2ª Guerra. O tubo serviu de base para o canhão do carro Renault FT-17. Mais tarde, a função do canhão de acompanhamento seria assumida pela bazooka e pelo canhão sem recuo.


Especificações:


Modelo: Canhão de trincheira M1916 TR - Tiro Rápido (Puteaux)
Características: tração manual, desmontado ou sobre rodas, com ou sem escudo
Calibre: 37 mm L22
Mecanismo da culatra: Nordenfelt, automático.
Aparelho de pontaria: luneta ótica (tiro direto somente)
Elevação: +22º
Conteira: 40º
Peso: 117 kg, sem escudo, sem rodas
Alcance: 2,4 km (máximo), 800 m (útil)
Velocidade inicial: 402 m/s
Peso do projétil: 0,45 kg






Canhão 75 Modelo 1897:

  O famoso "75" pode ser considerado o primeiro projeto moderno da 1ª Guerra, possuindo alta cadência de fogo e precisão, suprindo a deficiência francesa em armas mais pesadas. Apesar de superado por projetos mais modernos, foi usado em grandes quantidades pela França na 2ª Guerra e depois pelos alemães como arma anticarro na frente soviética, assim como versões aperfeiçoadas pelos americanos entraram em combate equipando as primeiras versões do tanque M4 Sherman.


Especificações:


Modelo: 75 Modelo 1897
Calibre: 75 mm
Comprimento: 2,72 (tubo)
Peso: 1.140 Kg (em ação) e 1.970 Kg (deslocamento)
Elevação: - 11 graus a + 18 graus
Deriva: 6 graus
Velocidade inicial do projétil: 575 m/s
Alcance de Tiro Máximo: 11,1 Km.
Peso do Projétil: 6,19 Kg





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Canhão St. Chamond de 194 mm Sur Cheniles:

  O 194 mm GPF (Grand Puissance, Filloux). Desenhado pelo Coronel Filloux em 1917, era um tubo de maior calibre, adaptado ao reparo do canhão 155 GPF. O reparo não era autopropulsado, pois não tinha fonte de energia, usava um segundo veículo com motores a gasolina e geradores elétricos, para acionar as lagartas. Apesar do pequeno número fabricado, permaneceu em uso até a campanha de 1940.


Especificações:


Calibre: 194 mm/L42,2
Peso em Ação: 32,6 toneladas
Comprimento: 9,45 m (total) e 6,57 m (tubo)
Largura: 2,59 m
Altura: 2,65 m
Velocidade de Deslocamento: 8 Km/h (rebocado, estrada) e 3 Km/h (rebocado, off-road)
Elevação: 0 a 35 graus
Conteira: 55 graus
Peso da Granada: 80,86 Kg (HE - alto explosivo)
Velocidade de Boca: 640 m/s
Alcance Máximo: 18.300 m (granada HE)
Cadência de Fogo: 2-4 tiros por minuto (inicial) e 100/h (sustentado)










Canhão AAe 75 modelo 1936 Schneider:


  Família de peças introduzida na década de 30, para substituir as da Primeira Guerra, baseadas no modelo 1897, que não tinha velocidade suficiente para as novas aeronaves. A Schneider fez dois modelos muitos eficientes, o 1932 e 1936, com grande cadência de fogo e projetados para transporte motorizado, mas estes não foram fabricados em número suficiente para fazer diferença contra a Luftwaffe em 1940. Diversas peças foram capturadas pelos alemães, que as mantiveram em uso até o final da guerra.


Especificações:


Modelo: Canon de 75 mm contre aéronefs Mle 1932
Calibre: 75 mm L/44
Comprimento: 6,95 m (total), 4,05 m (tubo)
Largura: 1,5 m (em transporte)
Peso: 3.800 kg (em ação), 5.300 kg (em deslocamento)
Elevação: -5o a +70o
Teto: 8.000 m
Conteira: 360 graus
Peso da granada: 6,44 kg
Velocidade inicial: 700 m/s
Tripulação: 9









Canhão anti-tanque 25 modelo 1934:

  Originário de um desenho projetado para tanques da 1ª Guerra, não ficou pronto a tempo de ser usado no conflito. Em 1932 foi adaptado para uso como canhão de acompanhamento e anti-tanque do exército francês, com mais de 3.000 deles sendo produzidos, apesar de não terem substituído totalmente o Canhão Puteaux de 37 mm. Era muito frágil, o que foi agravado em 1938, quando um modelo mais leve foi adotado. Mesmo assim, era a arma anti-tanque padrão do exército Francês e muitas delas foram usadas pelos ingleses. Entretanto, o seu calibre muito leve já era praticamente inútil em 1940, quando da invasão da França.


Especificações:


Modelo: Canon leger de 25 antichar SA-L mle 1934
Calibre: 25 mm
Comprimento: 1, 8 m (tubo)
Peso: 80 kg (tubo), 480 kg (peça em bateria)
Elevação: –5º a +15º
Alcance: 1.500 m (máximo de uso), 300 m (eficaz).
Conteira: 30º para cada lado
Projétil: perfurante, pesando 320 gramas
Penetração: 40 mm a 400 metros de chapa colocada a 25º de inclinação
Cadência de fogo: 15 a 25 tiros por minuto
Velocidade inicial: 918 m/s
Tripulação: 4










Canhão de montanha 75 modelo 1919 Schneider:

  Peça que podia ser dividido em sete partes, para transporte no lombo de mulas – sendo por isso também conhecido como canhão de dorso - ou por soldados, em regiões montanhosas. Tinha um sistema que permitia colocar o eixo das rodas em duas posições, permitindo maior elevação, para ser empregado na função de obuseiro. Um sucesso de vendas, foi usado pela França e diversos outros países, inclusive o Brasil, que comprou 100 dessas peças em 1921, usando-as até a década de 1970.


Especificações:


Modelo: Canhão de dorso/montanha M919 TR - Tiro Rápido (Schneider)
Características: tração manual, desmontado em sete pacotes, sobre rodas (por um ou quatro cavalos) ou portée (a bordo de caminhão)
Calibre: 75 mm L18,6
Comprimento: 425,5 cm (total), 139,9 cm (tubo)
Largura: 146,5 cm
Peso: 651 kg (em bateria) 217,5 kg (tubo)
Mecanismo da culatra: parafuso interrompido, estojo metálico, extração semiautomática
Aparelho de pontaria: alça curva ordinária e goniômetro panorâmico
Elevação: -10º a +21º (eixo baixo) ou –10º a +40º (eixo alto)
Conteira: 5º para cada lado
Alcance: 9.500 m
Velocidade inicial: 330 m/s (shrapnel) ou 430 m/s (granada)
Peso da granada: 7,1 kg (shrapnel), 5,58 kg (granada 1915), 6,2 kg (granada 1917)
Tripulação: 8 (chefe da peça, apontador, atirador, carregador, auxiliar, servente do regulador, 2 municiadores).





Fuzil Berthier Modelo 1893:

  Arma introduzida para uso de tropas coloniais francesas, tanto na forma de mosquetão como de fuzil (longo). Seguia o sistema Mannlicher de carregador. Apesar de ter um carregador descartável de apenas três cartuchos, era muito superior ao Lebel regulamentar das tropas metropolitanas. Desta forma, os Berthier logo se viram requisitadas pelo exército regular francês e, em 1916, modificados para aceitar um carregador de 5 cartuchos. Com outras modificações, ainda estavam em uso na 2a Guerra Mundial, apesar de obsoletos nesse período.

Especificações:

Modelo:: fuzil de infantaria modelo 1916
Calibre: 8x50R mm Lebel
Comprimento: 130 cm
Comprimento do cano: 80 cm
Peso: 4,2 kg
Sistema de funcionamento: ferrolho manual, em duas peças
Carregador: cinco cartuchos, parte do sistema de alimentação e era descartado por baixo da arma depois do último tiro
Velocidade inicial: 725 m/s








 
Fuzil Lebel Modelo 1886/M93:

  O Lebel é um dinossauro das armas. Projeto pobre na concepção (1885), já era totalmente obsoleto na virada do século XX. Tinha tantos defeitos que é impossível citá-los todos neste espaço. O mais sério era de projeto: o seu carregador era tubular, debaixo do cano, e as pontas dos projéteis tocavam as espoletas dos cartuchos à frente deles. Isso gerava o risco de explosão expontânea da arma. Apesar de seus problemas, só começou a ser substituído em 1915 mas, mesmo assim, alguns ainda foram usados na 2ª Guerra.

Especificações:

Calibre: 8x50R Lebel
Comprimento: 130 cm
Comprimento do Cano: 80 cm
Peso: 4,18 Kg
Funcionamento: Repetição por ferrolho, alimentação por cartuchos individuais, sem trave de segurança
Carregador: Oito cartuchos, alinhados sob o cano










 Fuzil Modèle 1916 M34:

  Com a introdução do calibre 7,5 mm, em substituição ao 8 mm utilizado nos fuzis franceses da Primeira Guerra, foi introduzido o fuzil M34 ou modèle 1916 M34, na verdade um desenvolvimento do fuzil Berthier, com um novo cano para aceitar o projétil de calibre menor, um novo carregador de cinco projéteis e outras pequenas modificações. No entanto, o programa de conversão foi tão lento e burocrático que na época da declaração de guerra francesa, somente poucos já estavam em mãos das tropas de infantaria. Apesar de moderadamente acurado, era de produção cara e alguns modelos sequer possuíam trava de segurança.

Especificações:

Calibre: 7,5 mm
Ação: Manual por ação de ferrolho
Comprimento: 1.084 mm
Comprimento do cano: 579 mm
Peso: 3,56 Kg
Carregador: Cinco cartuchos
Velocidade Inicial do Projétil: 823 m/s






Granada Viven-Bessière:

  Granada de fuzil introduzida em 1915, tinha a imensa vantagem de dispensar o uso de varetas de lançamento ou o uso de munições especiais para o disparo. Colocada em um bocal acoplado a um fuzil comum, o disparo de uma bala normal, que atravessa um canal na grada a impulsionava sem causar danos a arma. Também tinha a vantagem de ser pré-fragmentada internamente, o que aumentava sua eficiência. Foi usada pelo Brasil até a década de 1960.

Especificações:

Modelo: VB
Tipo: apenas de fuzil – não pode ser armada manualmente
Peso: 490 gramas
Peso do bocal: 1,800 gramas
Comprimento: 8,2 cm
Calibre: 51 mm
Carga explosiva: Cheddite, 60 gramas
Área de ação: cerca de 50 metros
Fragmentação: cerca de 50 fragmentos letais
Retardo: 7 segundos
Alcance: 190 metros (necessita bocal lançador e mira removível)










Metralhadora Châtellerault MAC 1924/29:

  Fuzil metralhador desenvolvido logo depois da Grande Guerra, para substituir os desenhos usados no conflito, todos problemáticos. Para isso, foi necessário criar uma munição nova, baseada no cartucho usado na Suíça. Sem muitas inovações, era uma arma segura e confiável, que permaneceu em uso até a década de 60, como equipamento básico das esquadras de infantaria. Um modelo específico para tanques e fortificações, o 1931, tinha um carregador em tambor para 150 cartuchos e cano reforçado. Havia também o modelo 1934, para uso em aviões.

Especificações:

Modelo: 1924/29
Calibre: 7,5x54 mm modelo 29
Funcionamento: Operação a gás, automática e tiro simples, refrigeração a ar
Raiamento: 4 raias para a direita
Peso: 9,18 kg
Comprimento: 108,2 cm
Comprimento do cano: 59,7 cm
Carregador: Carregador metálico para 25 cartuchos
Alcance: 500 m (efetivo), 2.000 m (máximo)
Cadência de fogo: 450-600 tiros/min (cíclico)
Velocidade inicial: 823 m/s










Metralhadora Hotchkiss:

  Resposta francesa ao desenho de armas refrigeradas a água. Usava um sistema de carregador rígidos (carregador Puteaux) o que, apesar de parecer incomodo, funcionava bem. A arma permanceu em uso até a Segunda Guerra, dando bons resultados. A diferença do modelo 1910 para o1914 era apenas a forma do reparo. O Brasil utilizou o modelo 1914, em calibre 7 mm, até a década de 1960.

Especificações:

Modelo: 1914
Comprimento: 1311 mm
Peso: 25,6 kg (arma) 27,24 kg (reparo)
Cano: 787 mm
Calibre: 8 mm
Funcionamento: recuperador a gás, alimentação de pente rígido, refrigerada a ar
Cadência: 500 tiros por minuto
Velocidade incial: 709 m/s
Alcance de uso: 2.400 m.








Metralhadora Hotchkiss 909:

  Introduzida inicialmente para equipar a cavalaria, pois esta precisava de uma arma mais leve do que as refrigeradas a água, ao mesmo tempo que não necessitava de armas com prolongadas cadências de fogo. Tendo obtido uma boa reputação, apesar de complicada e delicada, a arma, conhecida como Benet-Mercié, foi adotada pelos exércitos inglês e francês, tendo permanecido em serviço até 1946. O Brasil a adotou como modelo 1922.

Especificações:

Calibre: 8x50R mm Lebel
Funcionamento: Operação a gás, só automática, refrigeração a ar
Raiamento: 4 raias para a direita
Peso: 12,25 Kg
Comprimento: 118,7 cm
Comprimento do Cano: 59,7 cm
Carregador: Carregador metálico Puteaux (rígido) para 30 cartuchos
Alcance Efetivo: 500 m
Cadência de Fogo: 500 tiros/min.
Velocidade Inicial: 665 m/s.







 

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